Quero abrir um negócio mas não tenho dinheiro! saiba mais sobre financiamento.

Talvez o ponto em que as pessoas mais empancam no sonho de abrir o próprio negócio é a falta de dinheiro. Se não tem recursos próprios, o que pode ser feito? Captar recursos. Acreditem, não é nenhum bicho de sete cabeças. O maior problema nessa questão é a falta de informação de como proceder.

A melhor opção na captação de recursos são os recursos de longo prazo, ou seja, recursos que serão pagos em um periodo longo, geralmente em torno de 5 anos, podendo haver inclusive uma carência de 1 ano para começar a pagar.

Na região Centro-Oeste existe o FCO (Fundo Constitucional Centro-Oeste). Na região Norte e Nordeste existem fundos similares. É um fundo do governo destinado para promover a implementação, ampliação ou modernização das empresas. Existem linhas de longo prazo similares ao FCO, como o PROGER do Banco do Brasil e algumas linhas do BNDES. Todas elas possuem procedimentos similares para pleitear os recursos.

Se o objetivo é pleitear recursos de até R$100.000,00, basta abrir uma conta no banco – no caso do FCO o agente repassador é o Banco do Brasil – e preencher uma proposta básica de duas folhas no qual irá informar de forma bem superficial alguns dados: receita estimada, despesas, citação dos bens que pretende financiar com os recursos e o que irá usar como garantia.

Garantia costuma ser uma pedra no sapato, mas existem algumas formas de driblar essa exigência. Existem Fundos de Avais que tem por objetivo agir como um seguro do dinheiro, eliminando a necessidade de uma garantia real. No caso do FCO pode-se utilizar o FAMPE, um fundo de aval desenvolvido pelo SEBRAE que funciona da seguinte forma: Cobre até 80% do total dos recursos pleiteados, com um teto máximo de R$130.000,00. Portanto, se quiser pleitar R$100.000,00, o FAMPE poderá ser utilizado para cobrir R$80.000,00. Os outros R$20.000,00 podem ainda ser garantidos pelos próprios bens que estão sendo pleiteados, entrando apenas com 50% do valor total da nota.

Geralmente, após a utilização do Fundo de Aval e das garantias internas – originadas dos próprios bens que serão pleiteados – ainda faltará uma parte a ser coberta, surge ai a necessidade de uma garantia real. No caso de um valor girando em torno dos R$100.000,00, um carro popular já deve ser o suficiente.

Lembrando que para abrir a conta no banco a empresa já deve estar aberta, com um CNPJ ativo. Para isso, já é necessário que se tenha o ponto que se pretende implantar a operação – no caso de expansão obviamente o ponto e o CNPJ já existem. Além disso é necessário que todas as certidões estejam negativas.

Para valores acima de R$100.000,00, é necessário a elaboração de um projeto de viabilidade econômico-financeira. Existem consultores especializados em elaboração desses projetos. Geralmente estes consultores cobram uma porcentagem sobre o total dos recursos pleiteados, que só será pago se o projeto for aprovado.

Em anexo ao projeto, os principais documentos exigidos são: certidões negativas da empresa, orçamentos dos bens pleiteados, contrato social, documentos relacionados a garantia ofertada, currículo dos sócios, contrato de aluguel do local, contrato de franquia se for o caso.

Este é um assunto repleto de detalhes, regras e excessões. Caso queira saber mais a respeito, poste sua dúvida que será um prazer responder.